A sigla ESG vem se tornando uma grande preocupação e prioridade das empresas. Segundo um levantamento do Google Trends, entre 2020 e 2022, a busca pelo assunto cresceu mais de 1200% só no Brasil. Mas as discussões em torno das práticas ESG são ainda mais antigas.
Em 2004, o então secretário geral da ONU, Kofi Annan, convidou 50 CEOs de grupos de diversos ramos para entender como as empresas e o mercado poderiam promover mudanças positivas no planeta. A solução? Integrar fatores ambientais, sociais e de governança à lista de atividades produtivas, de modo a estimular o investimento sustentável e garantir a sustentabilidade empresarial.
Confira o conteúdo para se aprofundar no significado de ESG e entender como esse conceito pode ser aplicado no dia a dia das organizações.
ESG é uma sigla em inglês que significa “Environment, Social, Governance”, cuja tradução é “Ambiental, Social e Governança”. Essas três palavras resumem um conjunto de boas práticas e ações de sustentabilidade empresarial, que visam promover impactos positivos na sociedade e que são muitas vezes guiadas pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030.
A primeira parte, a Ambiental, diz respeito a atividades com foco no meio ambiente, como bom manejo de recursos naturais, controle da emissão de poluentes à atmosfera, redução de desperdícios e melhor gestão de resíduos sólidos, tanto da cadeia produtiva quanto do setor administrativo das empresas.
No âmbito social, as práticas ESG preveem que o grupo garanta melhorias sociais para seus colaboradores e para a comunidade na qual está inserido. Entre as possibilidades, estão políticas de inclusão e fomento à diversidade, melhores condições de trabalho e garantia de direitos trabalhistas, assim como outras medidas que promovam o desenvolvimento social.
Por último, e talvez mais intangível, está a Governança. Pelas regras das empresas ESG, as lideranças devem estar engajadas em promover processos transparentes, responsáveis e justos. Além de assegurar a sustentabilidade empresarial, a ideia é garantir a independência de todas as partes envolvidas, o combate à corrupção, o acolhimento e a gestão de pessoas. Nesse ponto, uma boa política de ESG ainda incentiva um ambiente livre de assédio, discriminação e outros tipos de violências no trabalho.
Atualmente há algumas organizações que mensuram a aplicação e efetividade das práticas ESG por meio de critérios pré-estabelecidos, como o rating da MSCI, índices da Bolsa de Valores com o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), além de certificações socioambientais.
Outra maneira de saber sobre as políticas ESGs das empresas é a partir da publicação de metas e resultados dessas iniciativas, como estimativas, dados obtidos nos últimos anos e relatórios de suas atividades.
Além de promoverem benefícios ambientais e sociais, as empresas com boas práticas de ESG apresentam mais vantagens competitivas no mercado, o que permite a redução de custos e o aumento do lucro a médio e longo prazo. Segundo uma pesquisa da Bloomberg, por exemplo, a estimativa é que a agenda ESG atraia cerca de US$53 trilhões em investimentos até 2025.
Se você deseja se aprofundar ainda mais no tema, conhecer outras iniciativas e práticas ESG, separamos alguns portais para você consultar:
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